13.7.14

Quando o amor e o ódio se encontram

O dia era frio, cinza e de poucos sorrisos.Neste tempo, poucas pessoas olhariam para as outras em busca de um sentimento tão quente quanto o amor; talvez pena ou até mesmo ódio, mas amor seria quase impossível de sentir naquele lugar.
A rua pela qual Marcela, ou Max como era conhecida, era assombrosamente comprida e os carros não paravam de passar, assim como as pessoas que corriam para fazer os seus deveres. A rotina predominava.
Max, no entanto, continuava andando, apreciando o que a natureza lhe dera: o céu nublado e as árvores que não possuíam mais folhas, porém estas coloriam o chão. Até que ela vê um homem alto, de cabelos castanho escuro e olhos tão escuros quanto a noite.
O tempo parou por alguns instantes, o homem parecia se mexer em câmera lenta, enquanto as outras pessoas estavam paradas. O sentimento que Max sentiu a fez arrepiar, era algo que ela nunca sentirá por alguém em tão pouco tempo. Sentiu ódio.
Aquele homem não teria coragem de matar uma mosca, pelo menos sua aparência dizia isso. Porém, ela continuava sentindo e quanto mais ele se aproximava, mais ela sentia aquele sentimento horrível.
Ele se aproximou, ela tento desviar. Ele a chamou e a elogiou. 
- Desculpe-me, mas não consegui deixar de te notar. Seus cabelos loiros parecem raios de sol e, neste dia nublado, nada chamaria mais atenção que estes longos fios de cabelo.
- Desculpe-me também, mas não posso conversar contigo. Adeus.
- Até algum dia.
Ela saiu dali quase que correndo, com seus punhos cerrados, a respiração ofegante de tanto ódio e com um turbilhão de pensamentos passando em sua mente.
Não conseguia entender o que se passara naquele momento. Talvez aquele homem fosse o seu par ideal, talvez o sentimento que estava sentindo não era em relação a ele, talvez ela nunca mais o encontre ou talvez o encontre todos os dias.
A dúvida é o que resta para ambos. O ódio é o que resta para ela. E amor é o que ele poderia ter sentido, mas por causa de Max não sentiu. 

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